Dois Papas, o filme
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Nada como uma 6.ª feira à noite no aconchego duma lareira a ver este filme em família.
Porque simplesmente adorei. Dois Papas é um filme que me cativou e que me fez admirar ainda mais o nosso Papa Francisco e ter uma Ideia um pouco diferente da que teci a Joseph Ratzinger, Bento XVI durante o seu período enquanto Santo Padre.
Fernando Meirelles, diretor do filme, discute os bastidores da Igreja em 2012, a partir de um encontro entre o atual e o futuro Papa (Bento XVI e Francisco I). Momentos tão bem captados sabendo que grande parte deles são retirados de factos reais.
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É-nos transmitida a personalidade de cada um deles. Logo de início acompanhamos a simpatia do futuro Papa Francisco, ainda cardeal Jorge Bergoglio. A sua proximidade com a comunidade carente do seu país-natal, Argentina, com fantásticas imagens de Buenos Aires que tão bem exploram a beleza da América Latina que eu adoro. Acessível, descontraído, informal, apaixonado por futebol e pelo tango, ou seja, um comum mortal como todos nós.
Com extrema sensibilidade, o ator Jonathan Pryce é um dos candidatos ao Óscar de Melhor Ator para 2020. Transmite-nos uma personagem adorável, capaz de assobiar Dancing Queen dos Abba, em plena eleição no Vaticano, ou pedir uma fatia de pizza num quiosque assim que chega a Roma.
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Já Bento XVI é totalmente diferente: catedrático, sisudo e autoritário, ambicionando o cargo que ocupa através da política interna do Vaticano. Esta personalidade não o tornou tão amado quanto o seu antecessor, João Paulo II, e ele tem consciência disso. Numa excelente interpretação de Anthony Hopkins, parece-me que não poderia outro ator desempenhar tão bem este papel.
Todo o desenrolar deste encontro entre eles é fascinante, já para não falar da beleza do interior do Vaticano, que nem tudo serão estúdios e nos mostra essas maravilhas de arte.
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As ideias de um, a mensagem do outro…enfim Dois Papas é mesmo um filme a não perder. Momentos sérios, testemunhos duma realidade religiosa e atual, conjugados com situações de humor entre ambos que nos proporcionam gargalhadas ao longo de todo o filme. A música desde Dancing Queen dos Abba, Bella Ciao da série La Casa de Papel e Blackbird dos Beatles, como ainda Besame Mucho e Guantanamera em homenagem à América Latina, transmite-nos a sensação que algo já nos é familiar e não totalmente um filme desconhecido. O final, esse então, é hilariante e genial.
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Gostei mesmo, sendo capaz de o rever a qualquer momento (e eu que nem tenho esse hábito de ver os filmes mais que uma vez...).
Deixo-vos o trailer e logo me contam a vossa Ideia. Beijos, Maria Cristina