O melhor discurso dos últimos tempos
- Maria Cristina Salgado
- 11 de fev. de 2020
- 2 min de leitura

Já passaram uns dias, eu sei, mas não consigo de deixar de falar do que, na minha Ideia, foi dos melhores discursos que ouvi nos últimos tempos.

A entrega dos Óscares e o discurso de Joaquin Phoenix, o vencedor do melhor ator neste espetáculo que se realizou na madrugada de 2.ª feira.
Ainda não foi este ano que consegui acompanhar o direto na televisão. Oh céus, dia de trabalho na manhã seguinte e já não consigo mesmo manter-me acordada durante umas boas horas. Verdade que logo bem cedo, e mal acordei, dediquei-me à pesquisa de quem teria sido o "The winer". Parasita, o filme coreano que se sagrou vencedor. Não conheço, não o vi por isso não posso opinar. Na noite de 6.ª feira os meus filhos tiveram a vê-lo e parece-me que até gostaram, mas verdade seja dita que a mim não me cativou muito interesse para me sentar ali e apreciar aquela obra coreana.

Em relação ao prémio de melhor ator, faça-se jus ao atribuído. Joaquin Phoenix, no papel de Joker foi execelente. Vi o filme e adorei, conforme adorei a sua interpretação que ajudou bastante a conseguir que esse filme nos deixe a pensar que sociedade será esta onde vivemos?...

Mas o melhor dos melhores nesta entrega de prémios terá sido o discurso do ator. Diferente logo de início. Fugiu ao tão habitual agradecimento aos pais, à mulher ou à namorada, a toda a equipa que o ajudou a ganhar este prémio ou todos aqueles habituais discursos tão próprios destes eventos. Joaquin Phoenix decidiu falar das questões ambientais e da sustentabilidade do planeta. Não da maneira habitual que muitos famosos o fazem, porque está na moda ou porque fica bem demonstrar essa preocupação.


O ator expressou-se de uma forma emotiva, sincera e natural deixando-nos a pensar que teremos de travar quanto antes as formas de comportamento que estaremos a ter duma maneira tão negativa e egoísta.
“Quer estejamos a falar de desigualdade de género ou de racismo, ou de direitos dos povos indígenas e dos direito dos animais, é sempre da luta contra a injustiça que se trata. Estamos a falar da luta contra a crença de que uma nação, um povo, uma raça, um género, uma espécie tem o direito de dominar, usar e controlar outra com impunidade. Tenho sido um canalha toda a vida, tenho sido egoísta. Tenho sido por vezes cruel, difícil no trabalho, e sinto-me grato porque muitos dos que estão nesta sala me deram uma segunda oportunidade. Acho que é aí que estamos no nosso melhor: quando nos apoiamos uns aos outros. Não quando nos recriminamos pelos nossos erros do passado, mas quando nos ajudamos a crescer. Quando nos educamos uns aos outros, quando nos levamos uns aos outros à redenção.”
Simplesmente adorei e por isso partilhei esta Ideia. Vale a pena pensar nisto.
Beijo e uma semana feliz, Maria Cristina
Vejam o vídeo
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